Restos de Colecção: Marinha de Guerra no Séc. XIX (1)

19 de julho de 2012

Marinha de Guerra no Séc. XIX (1)

                                                                        Canhoneira "Diu" (1889-1913)                                 

 

A canhoneira "Diu" foi construída nos estaleiros do Arsenal da Marinha em Lisboa, em madeira com 729 t de deslocamento e foi lançada à água em Lisboa em 27 de Agosto de 1889. Com os seus 46 mts de comprimento e equipada com 1 máquina de T.E. de 700 H.P, prestou serviço em Macau, Japão, Timor e Moçambique. Tomou parte na campanha contra o Gungunhana. Serviu na Índia. Em 1913 foi dada por inútil.

                                                            Corveta "Duque de Terceira" (1864-1911)

 

                  Viagem da Corveta "Duque de Terceira" em Agosto de 1904 para instrução de aspirantes

                             

                                        Oficiais da Corveta "Duque de Terceira" em Agosto de 1904

                             

A corveta "Duque de Terceira" encomendada, também, aos estaleiros do Arsenal da Marinha, foi entregue à Armada em 1864. Com 1.429 tons de deslocamento, 55 mts de comprimento e equipada com 1 máquina horizontal de tirante invertido de 600 h.p. e com uma guarnição de 224 homens, serviu a marinha de guerra até 1911.

                                  Corveta-Couraçada "Vasco da Gama" (1887-1935) , exterior e interior

 

         Cruzador "Vasco da Gama " após profundas alterações e conversão em cruzador, num postal de 1901

                      

                                                 Cruzador "Vasco da Gama " em Abril de 1904

                      

A corveta- couraçada "Vasco da Gama", construída em Inglaterra pelos estaleiros "Thames Iron Works" e incorporada como corveta em 1 de Fevereiro de 1887 , foi transformada em cruzador na Itália voltando a navegar em 1901.

O couraçado "Vasco da Gama" deslocava 3.300 tons, com os seus 71 mts. de comprimento, estava equipado com 2 máquinas de E.T. de 6 000 H.P.  com as quais atingia a velocidade de 16 nós. A sua guarnição era composta por 259 homens.

Com uma blindagem máxima de 254 mm, o seu armamento era composto por: 2 peças de 203 mm; 1 de 150 mm; 1 de 76 mm; 8 de 47 mm; 2 metralhadoras de 6,5 mm. Foi abatido em 25 de Setembro de 1935.

                          Canhoneiras "Guadiana" (1879-1892), "Tejo" (1869-1900)  e "Faro", (1878-1912)

                

A canhoneira "Guadiana" foi construída em Liverpool, tendo naufragado ao largo do Estoril em 3 de Outubro de 1892. A canhoneira "Tejo" foi construída nos estaleiros do Arsenal da Marinha em Lisboa. A canhoneira "Faro" adquirida em 1878 na Inglaterra, serviu na Armada até 27de Fevereiro de 1912 data em que se perdeu por afundamento.  

Esquadra de Guerra Portuguesa em 1800:
 
Armada do Atlântico:

Naus: "Príncipe Real", "Conde D. Henrique", "Infante D. Pedro", "Rainha de Portugal", "Vasco da Gama", "Medusa", "D. Maria I", "Princesa da Beira", "Afonso de Albuquerque", "D. João de Castro", "S. Sebastião", "N. Sra. de Belém" e "N. Sra. da Conceição da Ásia Feliz";
Fragatas: "Fénix", "Amazona", "Cisne", "Minerva", "N.Sra. da Graça", "Pérola", "Princesa Carlota", "Princesa", "Príncipe da Beira", "Tristão", "Ulisses", "Vénus", "Golfinho", "S. João Príncipe", "Thétis" e "Activa";
Corvetas: Andorinha", "Benjamin" e "Diligente";
Brigues: "Falcão", "Gaivota", "Lebre", "Serpente", "Gavião", "Voador", "Balão", "Caçador", "Coroa", "Espadarte", "Galgo", "Mercúrio", "Vigilante", "Vingança", "União", "Europa" e "Minerva";
Charruas: "S. João Magnânimo", "Princesa Real", "Neptuno", "S. Carlos Augusto", "Águia", "Marquês de Angeja", "Polyfemo" e "Príncipe Real".
 
Armada da Índia:

Nau: "Madre de Deus";
Fragatas: "S. Francisco Xavier", "S. António", "N. Sra. da Guia", "S. Miguel", "Temível" e "Real Fidelíssima".

         Corveta "Mindello", construída em Inglaterra em 1845 e profundamente alterada em 1865 (foto de 1875)

                         

A corveta "Mindello", foi construída em Inglaterra, pela "Thames Iron Works". Deslocava 1.124 tons. com 52 mts de comprimento e estava equipada com 1 máquina compound de 900 h.p que lhe permitia atingir 11,7 nós. A sua guarnição era composta por 165 homens.
 
Esquadra de Guerra Portuguesa em 1880:

Couraçado: "Vasco da Gama";
Corvetas: "Bartolomeu Dias", "Estefânia", "Duque da Terceira", "Sá da Bandeira", "Rainha de Portugal" e "Mindelo";
Canhoneiras: "Tâmega", "Sado", "Rio Lima", "Tejo", "Douro", "Quanza", "Bengo", "Mandovi", "Rio Ave", "Guadiana", "Tavira", "Faro" e "Lagos";
Transportes à Vela: "África" e "Índia";
Transportes a Vapor: "Guiné" e "Fulminante";
Navios-Escola: Fragata "D. Fernando II e Glória", Corveta "Duque de Palmela" e Corveta "Sagres".

                   Canhoneira "Quanza"  (1877-1900)                                     Canhoneira "Zambeze", (1896-1926)

 

A canhoneira "Quanza" foi construída nos estaleiros do Arsenal da Marinha em Lisboa. Deslocava 587 tons. com os seus 44 mts de comprimento e estava equipada com 1 máquina horizontal de baixa pressão de 100 H.P. que lhe permitia atingir os 10 nós de velocidade. A sua guarnição era composta por 100 homens.

A canhoneira "Zambeze" construída em Inglaterra, tendo servido em Moçambique

               Lanchas-Canhoneiras "Cassine" de 1890, "Lacerda" (1895-1900) e "Honorio Barreto", (1895-1907)

 

A lancha-canhoneira "Cassine", adquirida em 1890 operava com a "Maravi" na flotilha do Zambeze. A "Lacerda" foi construída em Inglaterra e a "Honorio Barreto" foi construída em 1895 nos "Estaleiros H. Parry & Son" no Gingal em Cacilhas.

fotos in: Hemeroteca Digital, Biblioteca Nacional Digital

2 comentários:

Zé Marreta disse...

Muitos parabéns pelo excelente blog que aqui tem. Tenho-me deliciado a percorrê-lo e a ler os seus artigos. Sem dúvida, do melhor que tenho encontrado na blogosfera.

Saudações!

José Leite disse...

Caro Zé Marreta

Muito grato pelas amáveis palavras.

Cumprimentos

José Leite