Restos de Colecção: RARET - RAdio RETransmissão

6 de julho de 2014

RARET - RAdio RETransmissão

Em 1951 foi inaugurado na Glória do Ribatejo, no concelho de Salvaterra de Magos, um centro retransmissor em onda curta da “Rádio Europa Livre” , o “RARET - Sociedade Anónima de Rádio Retransmissão, Lda.”.

Este foi o maior posto emissor da “Rádio Europa Livre” , frequentemente confundida com a “VOA - Voice of America” ( “Rádio Voz da América” ), e funcionou durante quase 50 anos neste local, desde 1951 até 1996,  a algumas dezenas de quilómetros de Lisboa, colocando esta região na rota da "guerra fria". As fotos publicadas neste artigo a ele dizem respeito.

 

 

Já nos  dias que antecederam a realização de um comício anti-comunista, em 28 de Agosto de 1936, em que é lançada publicamente a ideia da “Legião Portuguesa, o jornal “Diário da Manhã” não se cansava de insistir na sua oportunidade: «num período de ofensiva comunista em toda Europa urge manifestar a unidade dos Portugueses, uma coesão firme, uma disciplina rigorosa, uma directriz inflexível. O comício projectado resulta da necessidade de se formar em espírito senão na prática uma frente nacional anticomunista destinada a lutar contra o contágio da escarlatina bolchevista».

“FNAC - Frente Nacional Anti-Comunista” em 1936

Quando termina a II Guerra Mundial em 1949 e a Rússia ocupa pela força os países do Leste europeu, gera-se em especial nos EUA uma onda popular no sentido de, pelo menos, fazer chegar àqueles países, como Polónia, Checoslováquia, Hungria, etc, e via rádio, programas de ajuda pela Democracia, criando-se uma organização com o nome “Cruzade for Freedom” ("Cruzados pela Liberdade"), com a qual se obtiveram elevadas quantias para a montagem de emissores capazes de poderem chegar por ondas curtas, àqueles países. A empresa ficou conhecida por "Radio Free Europe / Radio Liberty”" (Rádio Europa Livre / Rádio Liberdade) e sediada em New York.

  

 
foto in: Hoover Institution Stanford University

“Deus permita que o mundo ressurja para a liberdade” , na parede da esquerda, e em inglês na da direita

Com a chegada de muitos foragidos dos países de Leste (países da “cortina de ferro” ) a Munique, então cidade da Alemanha Ocidental, foi ali montada uma estação de rádio emissora de recolha de depoimentos e mensagens, a de Holskirshen , com as suas antenas apontadas para Portugal, fazendo cá chegar os programas, feitos por esses refugiados, desejosos enviar notícias à suas terras e às suas famílias, através da retransmissão a partir do nosso país.

Sede da “Free Europe Press” e da “Radio Free Europe”, em Munique

 
fotos in: Psywarrior

Em 1981 estas instalações de Munique foram alvo de um violento ataque bombista. Este ataque provocou alguns funcionários feridos e, além de um prejuízo material de dois milhões de dólares, não houve qualquer vítima mortal. Em 1989 ao serem analisados os ficheiros da antiga Stasi, verificou-se que este acto terrorista foi levado a cabo por um grupo liderado por Ilich Ramirez Sánchez a soldo do presidente romeno Nicolae Ceasescu.

Chegada á conclusão de que era necessário que algum país amigo dos EUA servisse de apoio a estas comunicações, foi escolhido Portugal, aliás como já se havia feito com as Bases Aéreas dos Açores, na ilha Terceira, para escala, apoio logístico e técnico da força aérea americana.

Raret.15

O, então, primeiro-ministro Dr. Oliveira Salazar, concordou com a ideia mas só permitia que servíssemos de "espelho", ou seja, que recebêssemos e retransmitíssemos aqueles programas e, daí, o nome RARET de RAdio RETransmissão. Condição imposta que nenhum funcionário poderia ser simpatizante de algum partido político contrário ao Estado Novo, e para a sua entrada na RARET o seu passado político seria profundamente investigado pela polícia politica, a “PIDE - Polícia de Investigação e Defesa do Estado”.

                                             Texto de Salazar inscrito na lápide do átrio principal do complexo

Podia-se ler: «Grande número de países europeus ameaçados na sua vida e liberdade, contam desde agora com o auxílio dos Estados Unidos e uns com o auxílio dos outros para a defesa do seu património de divulgação. Pareceu difícil em tais circunstâncias estarmos ausentes.»  Salazar
 
Como os americanos só desejavam pessoas habilitadas em técnica electrónica e de comunicações, para entrada imediata em serviço, e com vencimentos levemente superiores aos que o nosso Estado pagava, ficava-se muito aquém dos vencimentos que os próprios americanos pagavam nos EUA e na Alemanha, na mesma Companhia. Por este motivo, só entraram para a RARET meia dúzia de radioamadores como técnicos, alguns engenheiros e engenheiros técnicos e, para a operação dos programas, exigiam-se profissionais de telegrafia, como os que se encontravam na Marinha, Aviação, Exército, DSR e pouco mais.

 

 

   

Posto isto em 1950, a engenharia agregada à nossa “Emissora Nacional”, ao engenheiro Bívar e Liot ficou encarregado de descobrir e alugar terrenos suficientes não só para o material dedicado à recepção, mas também ao da transmissão, com as respectivas antenas. Seriam necessários vários hectares, porque as grandes antenas rômbicas e o seu número iriam ocupar enormes áreas.

 

 

 

Tanto para uma estação como para a outra, seriam convenientes terrenos planos e assim a escolha recaiu sobre o Ribatejo, ficando nas proximidades de Benavente a recepção, na Maxoqueira e pertencente à Santa Casa da Misericórdia de Benavente. Este local foi descoberto pelo radioamador Lopes Vieira, (CT1CW), técnico de som da EN e, na povoação da Glória do Ribatejo, pertencente a Salvaterra de Magos, foi atribuído ao posto emissor "Bárbara".

Raret.24  Raret.25

Como as transmissões iriam ser efectuadas para países cujas línguas eram completamente desconhecidas entre nós, foi necessário requisitar pessoas originais dos países de Leste, para servirem de tradutores e que cá residiam como imigrantes.

Nessa época, 1951, só se recebia e emitia durante algumas horas por dia. Foi um trabalho um tanto difícil para o pessoal operador da recepção, porque a Rússia também cá nos chegava e até com potências muito mais fortes, sendo mais fáceis de sintonizar, pelo que o Sr. Pasqualino logo advertia de que estávamos numa frequência errada... a Rússia!

Posto transmissor de Leningrado

 
foto in: Agentura

Felizmente que ele estava sempre atento, pois para o português médio, a fala russa é mais ou menos como as dos países de leste e, se não fosse a sua ajuda, certamente que seria retransmitida não a “Rádio Europa Livre”, mas sim os noticiários e propaganda russos... o que não seria nada conveniente …                                

O Sr. Pasqualino era um italiano muito simpático e que até falava mais correctamente português que muitos portugueses, tal era a quantidade e qualidade de vocabulários e gramática que dominava. Segundo dizia, falava fluentemente 12 idiomas. Este facto deu-lhe entrada imediata na PIDE, onde era muito admirado. Ele ia de automóvel, de Lisboa para Benavente, atravessando o rio Tejo de barco em Vila Franca de Xira, já que ainda não existia a ponte sobre o rio Tejo Ponte Marechal Carmona em Vila Franca de Xira , que viria a ser inaugurada em 30 de Dezembro de 1951. Chegado ao centro de recepção da Maxoqueira, ouvia os programas que estavam a receber da Alemanha fazendo a gravação em fita magnética, nos gravadores americanos “Ampex” 300, recentemente comercializados. Feita a gravação de seguida as bobines já gravadas, eram enviadas, também de automóvel, para posterior transmissão pelo emissor da Gloria do Ribatejo na "Bárbara".

                                                                     Gravador de bobines “Ampex” 300

Raret.4

No Natal de 1953, já estavam a irradiar da Glória do Ribatejo, 4 emissores de 100 KW, montados no tempo record de um mês. A montagem dos novos e potentes emissores, usava antenas já calculadas pelo engenheiro Horácio Neto, enquanto a sua construção e montagem, foi supervisionada pelo engenheiro Aleixo Fernandes. Quando já não fosse necessário o material usado pela RARET, todo ele seria revertido a favor dos nossos “Correios Telégrafo e Telefones”, (CTT) .

Em 1960, já tínham sido montados 12 emissores de alta potência. Para tal, houve que construir volumosos edifícios, em forma de um enorme "T", em especial para a emissão e, passados poucos anos, já podíamos irradiar potências acima dos 100 KW, muito mais do que a nossa própria Emissora Nacional  em Pegões.

No centro de recepção, também se melhoraram as condições, com a aquisição dos melhores equipamentos de recepção do mundo, e após os “Pioneer”, de tripla diversidade, porque usava 3 antenas distintas, os Crosby de dupla diversidade, ambas as marcas com receptores “Hamarlund” SP-600 e por fim os RCA, já com magnifica estabilidade e precisão de frequência, por usarem sintetizador, estando nós a transmitir nessa época para 8 países de Leste, e já com a frequência de 24 sobre 24 horas diárias.

Receptor “Hammarlund” SP-600

Para coordenar estes programas, foi necessário montar uns estúdios em Lisboa, no Areeiro, para onde eram enviados os programas recebidos em Benavente, e por via de VHF, UHF e finalmente em SHF. (Super Altas Frequências). Ali, em 8 salas, os tradutores lá iam fazendo as montagens dos programas, sempre rodeados de pessoal português, os quais eram enviados também por rádio, para o Centro Emissor da Glória, para serem retransmitidos em altíssima potência.

Como entretanto passou a haver uma certa calmaria técnica, crescia tempo a alguns funcionários da engenharia e assim surgiu a ideia de serem vários aproveitados como professores de uma Escola Técnica que a RARET construiu na Glória do Ribatejo e onde tudo era gratuito, não só para os filhos dos funcionários, mas também para todos os jovens que o desejassem. Também foi nesta altura, que a RARET resolveu construir um posto médico, em que todo o seu pessoal era pago pela Empresa assim, não só toda a população da RARET mas também o povo da freguesia de Glória do Ribatejo, passou a usufruir de assistência médica imediata possuindo inclusivé de ambulância.

Cantina (exterior e interior)

 

Área residencial dos funcionários

 

Após um grande investimento em modernização de 65 milhões de dólares, pela “Radio Free Europe/Radio Liberty”, no ano de 1985 no posto receptor de Maxoqueira, no qual foram introduzidos modernos equipamentos de transmissão, novas antenas e variado equipamento, possibilitou este posto,também, servir de transmissor com uma potência de 500 Kilowatts. O processo de modernização também abrangeu o posto de Glória do Ribatejo, no qual foram instalados oito novos transmissores de 250 Kilowatts.

Pedido de informação das condições da recepção, em 1993

Entretanto, depois 1989, ano da queda do Muro de Berlim e posterior abertura ao ocidente dos países comunistas, começa a ser desnecessária a continuação desta empresa e do serviço que a justificava. Em 1995 este posto de Maxoqueira foi desactivado em 1995 e substituído pelo de Tinian, nas Ilhas Mariana nas Filipinas.

A RARET deixou de ser mais necessária e, só por curiosidade, o falado BOQ de Benavente, foi entregue aos Correios de Portugal, sendo actualmente e, depois de grandes alterações, a imponente Estação dos Correios de Benavente, desde 7 de Outubro de 2002.  Entretanto, todo o velho material de rádio se havia tornado obsoleto foi oferecido à Junta de Freguesia da Glória, que o vendeu como sucata.

O arquivo das mais de 60.000 bobines gravadas na RARET, e guardadas em Lisboa foram enviadas, em 2001, para a “Hoover Instituition, Standford University”, na Califórnia, EUA.

Arquivo nas instalações no Areeiro, em Lisboa, das bobines gravadas

Para os terrenos da RARET existe um projecto de um empreendimento habitacional e turístico de grandes dimensões que está sendo objecto de um plano de pormenor em articulação entre a Câmara de Salvaterra e um grupo de promotores, que tenciona construir na zona um hotel, um campo de golfe e vários loteamentos para construção de média dimensão. No projecto, estão contemplados 233 lotes de pequenas quintas, um bairro com 70 vivendas geminadas, alguns edifícios de pequena volumetria, bem como um hotel e uma academia de golfe.

Bibliografia: excertos do texto deste artigo foram baseados no artigo histórico, escrito por Mário Portugal Bettencourt Faria, e publicado no site: Aminharadio 

fotos in: Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian

11 comentários:

Luciano Canelas disse...

Mais um excelente artigo, conheci bem a RARET, fui lá algumas vezes trabalhar e aproveitava para ver toda a tecnologia aplicada a qual recordei agora nestas magnificas fotos.
Parabéns, José Leite, um abraço.

José Leite disse...

Caro Luciano Canelas

Muito grato pela gentileza do seu comentário.

Um abraço

José Leite

Anónimo disse...

O meu pai trabalhou na RARET, entre 1952 e 1990.
Se bem que trabalhasse e vivesse em Lisboa, embora lhe tivesse sido oferecida ocupação e casa para a família nas instalações da Glória, o meu pai ia muitas vezes ao posto emissor em trabalho e eu acompanhava-o sempre que podia. Passe horas e horas a brincar aos astronautas na enorme sala de comando dos emissores, que me parecia em miúdo um posto de comando de voo da NASA e lembro-me perfeitamente de um dos engenheiros me fazer ver, numa das salas laterais, quando os emissores estavam em full power, como bastava entrar lá dentro com uma lâmpada fluorescente na mão para ela se acender do nada... Uma espécie de espada de laser do Star Wars, alguns anos antes do filme...
Todos os Natais, a Raret promovia uma festa no refeitório da Glória e oferecia aos filhos dos funcionários uma prenda. Foi para mim um enorme parque de diversões e tenho as melhores memórias das pessoas e desses tempos!

Manuel Franco «Alentejano« disse...

Mais uma vez me deslumbra ver o que foi a Raret somente para quem conheceu.
Agradece as fotos que me faz lembrar tantas e tantas noites e dias que ali passei.
Não foram muitos anos mas chegou para criar muitas amizades e deixar muitos amigos que nunca mais vou esquecer um abraço do segurança Manuel Franco o Alentejano nunca vou esquecer essas instalações que era coisa que muita gente nem lhe passa pela cabeça do que foi a RARET.

Unknown disse...

Carlos Alberto Job
É bom reviver todas estas fotos e comentários. Fantástico
Trabalhei na RARET em Lisboa e Glória do Ribatejo. Conheci muito bem toda esta organização a qual ajudei a engradecer, pois foram 16 anos ao seu serviço onde criei muitos amigos que não esqueço. caj/.

José Eduardo Lopes Vieira de Sampaio disse...

Sou sobrinho de Adriano (de Sousa Tavares de Sampaio) Lopes Vieira que era radioamador (sob o indicativo CT1CW) e que ajudou na criação e funcionamento da RARET da qual ele muito me falava, em finais dos anos 50 e princípios dos anos 60, com entusiasmo.
Esse meu tio materno fôra praticamente co-fundador (como técnico de som), com Fernando Pessa (como locutor), da então Emissora Nacional (hoje RDP), em meados dos anos 30.
Creio que, em finais dos anos 40, o meu tio Adriano fez um estágio profissional na BBC em Londres e, depois, foi director-técnico do Emissor de Ondas Curtas da então Emissora Nacional (sito na Rua São Marçal, em Lisboa), além de colaborar tecnicamente na RARET, ao longo dos anos 50 e 60.
Em princípios dos anos 60, foi ele aliás que me ensinou as diferenças entre som Hi-Fi (de que ele era especialista) e som stereo (que então começava a ser lançado em Portugal), embora eu nunca tenha sido técnico de som (nem radioamador).
Consultei este “blog” a propósito de um colóquio e exposição sobre o nosso primo (dele e meu) Eng. Roberto Charters d’Azevedo, também radioamador (CT1NB) e pioneiro da televisão em Portugal, a ter lugar a 9 do corrente mês de Julho de 2016, pelas 16h. , no M/I/MO – Museu de Imagem em Movimento, na cidade de Leiria.


José Eduardo Lopes Vieira de Sampaio

Candy disse...

Passei por lá há uns tempos... é triste ver como está toda aquela área que sempre me habituei a ver bem tratada! Sou de Peniche, mas sou sobrinha do Maia (Joaquim Maia) que vivia em Marinhais. Visitei várias vezes a Raret, na minha infância. O meu tio recordava com carinho todos os anos que lá passou. Foi quase uma vida...
Hoje ao ver que há fogo na Glória, lembrei-me de vir pesquisar onde seria e, procurando por Raret, apareceu-me esta página que nunca tinha visto! Obrigada por tão bom documento.
Cumprimentos,
Cândida Maia

Carlos Augusto disse...

Este documentario fez-me regressae à ex DSR, em Barcarena, dispondo de equipamentos muito semelhantes. Fui aluno da Antiga Escola Industrial Fonseca Benevides (1968 a 1972), por onde lá passaram outros colegas de Marinhais, ligados à Raret. Lembro-me duma visita de estudos á Raret. Na EMEL (Paço d´Arcos) conheci outros técnicos da Raret.
Recordo-me do Calçada. Eu era o Funga
Um abraço aos antigos colegas de Marinhais

Alfredo Ramos Anciães disse...

Caríssimo José Leite.
Parabéns por este tão importante artigo.
Dá-nos uma perspetiva da economia, equipamento utilizado e lutas político-ideológicas entre os dois blocos da Guerra Fria.
Obrigado.
AA

Jorge Abalada disse...

Obrigado por este testemunho, fez-me recordar velhos tempos. Conheci muito bem o complexo, excepto o interior dos emissores. Fiz alguns amigos como o Pedro Aleixo, filho do Engenheiro Aleixo entre outros. Frequentemente ia à piscina, comia no refeitório, ía ao bar ou à cantina e fazia grandes jogatanas de futebol de cinco. Ainda ontem passei por lá, é uma tristeza ver tudo ao abandono. Mesmo as imagens da série da Netflix, apresenta os edifícios e jardins muito degradados. No tempo dos americanos, estava tudo num brinco. Cumprimentos, Jorge Abalada

Manuel Marques da Silva disse...

Sabia da existência destas instalações, mas não da sua importante actividade, depois de ver uma peça sobre a RARET na SIC despertou-me o interesse e comecei a procurar informações e claro que acompanho a série, no entanto permitam-me uma pergunta, (em especial aos que lá trabalharam) tendo as instalações encerrado em 1998, como terão posto aquele espaço tão bem arranjado para fazer a série?
É pena aquele espaço estar ao abandono, tal como tantos outros. Confesso que gostava de o visitar.
Um abraço a todos e desculpem estar a ocupar este vosso espaço.

Manuel Silva